segunda-feira, 25 de maio de 2009

A gramática da persuasão - palestra dia 29/05/09

Prezados Alunos!

Convido a todos para uma palestra que apresentarei em nossa reunião da próxima sexta-feira. Trata-se de um trabalho que já apresentei sobre a Retórica, de Aristóteles. O aluno que estava programado não irá na reunião e eu aproveitarei a oportunidade para compartilhar com o nosso GEP os meus interesses nessa obra, que foi polemicamente revisitada no século XX. Estou chegando de viagem, por isso deixei de fazer postagens sobre os trabalhos apresentados de Ana e Djalma. Mas prometo voltar à tona, assim que me for possível. Abraço a todos!! Sílvia Faustino.

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segunda-feira, 11 de maio de 2009


CONVITE
Convidamos os integrantes do grupo, e interessados externos que queiram participar, para assistir à apresentação abaixo, a se realizar na próxima sexta-feira, dia 15/05/2009, às 14h, na sala do Mestado em filosofia - São Lázaro - Federação - Salvador-Ba. Os não participantes que queiram assistir devem entrar em contato com o grupo para confirmação de vaga.


Mediador- Djalma J. Neto
Coordenador - Profª Silvia Faustino

APRESENTAÇÃO DA PRÓXIMA SEXTA DIA 15/05/2009

“Uma introdução à análise do discurso”

Quando estudaremos:

1. Estudo da linguagem -> Sassure -> dictomia língua e fala -> exclusão da fala.
2. Orientação lingüística mais recente -> Bakhtin -> língua como fato social (=Saussure)
->Língua como algo concreto fruto de manifestação individual

3. Linguística como parte do enunciado (outra parte é o contexto do enunciado).
->A interação verbal como verdade fundamental da linguagem.
->O interlocutor não é elemento passivo na constituição do significado
->A enunciação individual depende da interação social:
-> A importância do “outro” para o significado.

4. O contexto social na linguagem -> da elaboração mental à objetivação (enunciação).
->Adaptação ao contexto imediato e à interlocutores concretos.
->Conclusão: uma lingüística imanente não dá conta de seu objeto.

5. Necessidade de a lingüística encontrar o vínculo: linguagem X ideologia.

6. O ideológio no interstício entre a coisa representada e o signo que a representa.
Bakhtin -> Palavra como signo ideológico por excelência.
Lugar privilegiado para manifestação da ideologia.

7. Barthes -> Semiologia -> importância do caráter ideológico do signo.
->A ideologia não somente nos temas; também nas formas.

8. Discurso como nova instância da linguagem .
Discurso -> De composição lingüística e extralingüística.
->Pto de articulação dos processos ideológicos e dos fenômenos lingüísticos.

Para isso abordaremos:

9. Esboço histórico da Análise do Discurso
10. Conceitos de Ideologia em Marx, Althusser, Ricoeur
11. Conceito do discurso em Foucault
12. Noção de sujeito

E se houver tempo:

13. Noção de interdiscussividade.
Bibliografia básica: "Introdução à Análise do Discurso". BRANDÃO, Helena H. N. Ed. UNICAMP.

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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Divagações em Rousseau

Inicialmente, obrigado pelo privilégio de ter sido "cobaia" do nosso GEP. rsrsrs
Acredito que temas relevantes e centrais para o GEP podem ser explorados em Rousseau, especialmente na leitura feita pelo Bento Prado Jr. Sua abordagem da obra rousseauniana, sobretudo a partir do "Ensaio sobre a origem das línguas", percebe uma retórica bem particular, que traz em si aspectos da estética, da ética e da política costurados pela linguagem melódica e afetiva.
Falando diretamente à Ana, me vejo no mesmo barco de indagações como vc! A leitura de Rousseau tb é nova pra mim. Mas, tentando refletir sobre algumas de suas questões, acho que posso inferir o seguinte: 1) Não consigo perceber um "estatuto ontológico" ou uma "metafísica" da linguagem em Rousseau. É sempre bom lembrar que, para Rousseau, "a palavra é a primeira instituição social"; tem caráter político que denuncia a necessidade dos acordos para o viver em sociedade. Se linguagem e vida social se fundam juntas, esta linguagem não poderia ter estatuto ontológico nem ser uma metafísica; 2) Parece que a "significação da linguagem", para Rousseau, se dá no campo da afetividade, da moral. Com os aspectos retóricos da linguagem não se faz ciência, como na lógica, mas também não se deixa de "conhecer" o mundo quando se faz uso dessa linguagem moral/política. Porque, ao que parece, o mundo é político e para um mundo político a linguagem deve ser política/retórica, capaz de convencimento. O que não quer dizer que houve, da parte de Rousseau, um abandono dos aspectos lógico-gramaticais da linguagem em detrimento dos retórico-políticos. Na analogia que faz da linguagem com a música, comparando a escrita com a harmonia, Rousseau ressalta que este processo é natural. O aperfeiçoamento da linguagem (e da música) gera, simultaneamente, o empobrecimento de sua força original, cedendo lugar à violência das coisas.
Bem, acho que compliquei mais do que ajudei! rsrsr
Mas a ultima postagem da profª Silvia é muito esclarecedora. Vale a pena conferir.

Aroldo Mira

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