quinta-feira, 9 de julho de 2009

Schopenhauer e os Upanishades

Diz Schopenhauer: “No desenvolvimento de minha filosofia, os conceitos de Kant, tanto quanto os livros sagrados dos hindus e Platão, foram, depois do espetáculo vivo da natureza, meus mais preciosos inspiradores” (f. moral pág. 53). Através da leitura dos Upanixades, Schopenhauer teve o contato com escritos hindus que o ajudou a deduzir que estava no caminho certo com sua filosofia já que estes foram escritos há mais de cinco mil anos e seguiam na mesma direção que ele.
O Sânscrito é uma língua da índia de onde é derivado o termo Upanixade ou Upanichád upa – perto, ni – embaixo, chad – sentar; o que remete ao ato de sentar-se no chão para receber instruções, como por exemplo, de um mestre espiritual. Os Upanixades são parte das escrituras Shruti hindus que tratam também de meditação e de filosofia consideradas como instruções religiosas. Ele traz extensão dos quatro Vedas, Rigveda, Yajurceda, Samaveda e Atharvaveda. Contudo não a informação de quem e quando foram escritos.
Vedas são os quatro textos acima citados, escrito em sânscrito em torno de 1500 a.C que formam a base das escrituras sagradas do hinduísmo. Significa conhecimento, e consistem em variados tipos de textos conhecidos como mantra.
Schopenhauer encontrou ideias que vieram concordar com as suas teorias, unindo o ocidente e esses pensamentos antigos. Os conceitos orientais Maya, “Tat tvam asi” e trimurti demarcam os conceitos de representação, compaixão e Vontade de vida. A teoria da deusa Maya aproxima-se da teoria da representação de Schopenhauer isto porque a causa da representação não residir nela mesma. Se assim o fosse os homens estariam iludidos por Maya; a divindade Maya tem as características da criação e da ilusão, o que a faz parecer contarditória. Para melhor compreendê-la é preciso um conhecimento profundo da doutrina hindu. O véu de Maya se aproxima da ilusão, é sob esse aspecto/significado que Schopenhauer a concebe em sua obra principal.

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